Selecione um ano

2016

Decantação

Deve ser decantado para remover o depósito natural formado pelo seu envelhecimento. Coloque a garrafa de pé algumas horas antes da decantação para permitir a precipitação dos sedimentos no fundo da garrafa.

Como Guardar

A garrafa deve ser conservada na posição horizontal, protegida da luz e do calor, idealmente a uma temperatura inferior a 16ºC.

Temperatura de Serviço

Sirva a uma temperatura entre 16ºC e 18ºC. Idealmente, recomendamos beber o vinho Vintage num período de um a dois dias depois de aberta a garrafa.

Pratos sugeridos

Nozes, queijos de sabor intenso e queijos de pasta azul são excelentes acompanhamentos para o vinho do Porto Vintage. Também as frutas secas, como os damascos e os figos, combinam na perfeição.

Garrafa Vintage 2016 da Taylor's Vinho do Porto

Sobre o Vinho

O padrão climatérico durante as épocas de crescimento e maturação teve um efeito decisivo no carácter dos vinhos de 2016, conferindo-lhes elegância, requinte, acidez e taninos magníficos. A Primavera foi excepcionalmente húmida, com chuvas fortes e condições relativamente frias durante os meses de Abril e Maio. Como resultado, houve uma reposição das reservas de água no subsolo que tinham sido esgotadas devido à seca do ano anterior e que ficaram disponíveis para o Verão quente que se seguiu. No entanto, as condições húmidas da Primavera também provocaram perda de fruto em algumas áreas, levando a uma redução significativa nos rendimentos e provocando atraso no início da maturação.

O pintor chegou tarde, com os primeiros sinais visíveis por volta da segunda semana de Julho. A partir do início de Julho instalou-se o tempo quente e seco que continuou praticamente até ao fim do mês de Setembro. Apesar do calor, a maturação foi uniforme e gradual. Devido ao tardio início da maturação, no final de Agosto, as uvas estavam ainda longe de maduras. Algumas chuvas em meados de Setembro ajudaram a terminar a maturação.

Os produtores que atrasaram a vindima até depois das chuvas foram recompensados com uvas em perfeitas condições, beneficiando de noites frescas que ajudaram a prolongar os tempos de fermentação, permitindo uma extracção suave. As primeiras uvas foram vindimadas na Quinta de Vargellas da Taylor's no dia 17 de Setembro, seguindo-se as quintas do Vale do Pinhão a começar nos dias 23 e 26, respectivamente.

NOTAS DE PROVA

Cor púrpura profunda com um fino bordo magenta. Intensos aromas de puros frutos silvestres e notas frescas de maçã verde, ameixa e framboesa. À volta do núcleo de viva fruta está uma inebriante aura de esteva e ervas. Mais em profundidade, notas exóticas de cedro e jasmim dão uma dimensão extra de complexidade. O vinho tem uma atractiva elegância e musculosidade, com taninos vigorosos e lineares que se fundem perfeitamente no palato e que sustentam o vinho com grande firmeza. Muito vigoroso pela sua atrevida acidez, apresenta os intensos sabores de bagas num final muito prolongado. Embora as notas dominantes sejam de requinte e equilíbrio, o vinho exibe o vigor contido e a resiliência que são as marcas do estilo da Taylor’s.

AVALIAÇÕES

100
29-05-2018
James Suckling
99
Num ano muito marcado pela finesse aromática, o Taylor’s consegue ainda assim situar-se num patamar de complexidade distintivo. É obra, até porque está longe de ser de uma total exuberância nesta fase. As suas notas de violeta, de arbustos do bosque duriense, as suas sugestões de fruta são notáveis, numa justa expressão da sua origem – a fantástica quinta de Vargellas. Na boca é magnífico. Grande complexidade, um balanço perfeito, uma latitude de armas e sabores muito larga, um final extraordinário e uma longevidade notável. Um grande vinho.
26-05-2018
Manuel Carvalho, Público
18.5
Muito concentrado na cor, aroma de grande impacto, com abundantes notas de violetas, de pimenta preta, de frutos negros e leve nota de cacau amargo. Denso e ainda fechado, a mostrar a tensão própria da idade. Rico e cheio na prova de boca, aposta na elegância da fruta e na subtileza dos taninos. Grande equilíbrio de conjunto com final prolongado.
01-06-2018
João Paulo Martins, Revista Grandes Escolhas
18,5
Bem denso, tonalidade violácea. Profundo e cerrado de início, dá lugar, aos poucos a fruta de bagas pretas, alguma cereja e certa frescura de framboesa. Segue-se a esteva, herbal seco, pêssego seco e 'earl grey'. No fundo surge grafite, pimentas e especiarias mais doces. Empolgante na boca, entre a elegância e o vigor. Soberanos taninos, firmes e tensos, frescura da fruta e herbal a vigorar até ao longo e memorável final. Ainda tudo muito "apertado", com tempo de cave.
01-09-2018
Manuel Moreira, Revista de Vinhos