1964 Single Harvest

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1964 Single Harvest

Sobre o Vinho

A Taylor’s tem uma das maiores reservas de vinhos do Porto envelhecidos em casco, uma das maiores de qualquer produtor. Nela se inclui uma colecção de Colheitas raras. Estes vinhos do Porto, provenientes de um só ano, atingem a maturação em velhos cascos de carvalho e apresentam a data de colheita no rótulo.

A Taylor’s tomou a decisão de, anualmente, lançar uma edição limitada de um Colheita com 50 anos.

A primeira da série será o Colheita de 1964, que apresenta um excepcional carácter. Estará disponível para ser oferecida aos consumidores nos vários mercados a partir de Janeiro de 2014, para prendas de aniversário de 50 anos e outras comemorações ao longo do ano.

Tasting Notes

Durante as cinco décadas de envelhecimento em cascos de carvalho, este vinho adquiriu uma atractiva cor mogno pálida com reflexos âmbares e verde azeitona. No nariz o vinho apresenta elegantes aromas amadeirados e complexas especiarias, nozes e notas de caixa de charutos num fundo aveludado de caramelo e melaço. O paladar aveludado é evidenciado por uma viva acidez que dá ao vinho uma atractiva frescura apesar da sua idade. O final é muitíssimo longo, com sabores ricos de pimenta preta e especiarias, persistentes do palato. Finamente constituído e maravilhosamente equilibrado, este raro Colheita é seguramente uma homenagem excepcional à celebração do quinquagésimo aniversário de uma pessoa ou de um acontecimento.

AVALIAÇÕES

Elegância e fineza puras. Muito limpo de aroma, ressuma a frutos secos, em especial amêndoa algo torrada, a iodo e também a casca de laranja, que dá ao vinho um agradável toque agridoce. Não é um portento de concentração, mas também não tinha acidez suficiente para mais doçura. É um Tawny mais fino e mais seco (ou menos doce), fazendo lembrar alguns Porto branco, e que impressiona pela sua textura aveludada e pelo seu sabor refinado.

Manuel Carvalho e Pedro Garcias, Público – Fugas

Durante algumas horas, deixei repousar o meu vinho do Porto Very Old Single Harvest Taylor’s de 1964 para que este abrisse no copo, acompanhando a sua evolução passo a passo. Este não é um vinho do Porto desvanecido ou sequer tímido. Com uma nítida cor castanho-mogno e um bordo ligeiramente esverdeado, o nariz atravessa com celeridade as suas camadas como um jovem cão terrier que é libertado num jardim, com aromas intensos a noz torrada, fumo, açúcar mascavado, notas de caramelo e uma névoa de álcool que esvanece com o tempo. A boca é suave e com sabor a mel no início, um vinho do Porto muito sedutor e muito sumptuoso no seu estilo, mas com suficiente elevação volátil para manter a sua garra num final viscoso. Eu cheguei mesmo a especular que caso o 1963 não fosse tão prodigioso, a Taylor Fladgate teria ao invés escolhido o 1964 para seguir a sua declaração de 1960. Tudo isto é agora passado. É um vinho do Porto delicioso que dispara em todas as direções, pronto para beber e ser desfrutado agora, em vez de se deixar a envelhecer na adega.

Neil Martin, Erobertparker.com