A Taylor’s foi pioneira na categoria LBV. Criado em 1970, o LBV foi desenvolvido para satisfazer a procura de um vinho de elevada qualidade e pronto a beber, que funcionasse como uma alternativa ao Porto Vintage, para o consumo do dia-a-dia. Contrariamente ao Porto Vintage, que é engarrafado após dois anos em madeira e que envelhece na garrafa, o LBV é engarrafado somente após quatro a seis anos, estando já pronto a beber.
A Taylor’s continua a liderar a categoria de Porto LBV no mundo inteiro, apesar de muitas outras casas também produzirem actualmente um LBV. Os vinhos utilizados para fazer o lote do Taylor’s LBV são escolhidos de entre os melhores e mais encorpados vinhos do Porto tintos produzidos na colheita de 2018, provenientes das vinhas da Taylor’s e de outras quintas reputadas, situadas nas zonas do Cima Corgo e Douro Superior.
Notas de Prova
Núcleo rubi profundo com bordo rubi vívido. O nariz é muito fino e cheio de camadas, sustentado por ricos aromas de geleia de morango e realçado por notas resinosas, aromas frescos de cedro, fetos e bosque. Há também uma dimensão discretamente sensual, um luxuoso odor de couro e café mocha. Em contraste, e de acordo com o estilo da casa Taylor, o paladar tem uma faceta atraente de austeridade com taninos tensos e firmes, proporcionando uma aderência firme ao longo final que oferece uma onda de sabor rico de frutas vermelhas. Um vinho muito refinado,
equilibrado e completo, exibindo uma complexidade comparável à de um vintage clássico maduro. Uma bela expressão do ano de 2018 com a sua tónica na elegância e finesse.
Notas sobre o ano vitícola e a vindima
O ciclo da vinha de 2018 foi incomum e teve um efeito marcante no carácter do vinho. O ano anterior foi muito seco e quente e em 15 de Janeiro quase dois terços do país sofria com a seca, sendo o Vale do Douro uma das áreas mais afectadas. Felizmente, fortes chuvas em Março evitaram danos nas vinhas e reabasteceram as reservas de água subterrânea. A estação de crescimento entre Março até o final de Junho foi relativamente fria e húmida, provocando míldio em algumas áreas. A devastadora tempestade de granizo de 28 de Maio causou danos extensos às vinhas na região do Pinhão, incluindo a Quinta do Junco da Taylor’s. O desenvolvimento das videiras estava cerca de três semanas atrás do de 2017, ocorrendo a floração no final de Maio e a colheita na última semana de Julho. Condições quentes e secas prevaleceram ao longo de Julho, seguidas por uma onda de calor muito intenso em Agosto. Em 3 de Agosto, a estação meteorológica na Quinta de Vargellas da Taylor’s registou uma temperatura acima de 44°C. O calor extremo permitiu que as videiras recuperassem algum tempo perdido e as abundantes águas subterrâneas acumuladas no início do ano fizeram com que, apesar das condições quentes, o amadurecimento da colheita fosse gradual e equilibrado. A vindima na Quinta de Vargellas começou no dia 17 de Setembro sob clima quente e seco, que continuou durante toda a colheita. Os rendimentos foram muito baixos e as notas do enólogo relatam que os novos vinhos exibiam elegância, frescura de fruta, boa acidez e cor intensa.
Pronto a ser consumido. Não necessita ser decantado.
A garrafa deve ser mantida de pé, protegida da luz e do calor.
Servir idealmente a uma temperatura entre 16ºC e 18ºC.
Excelente acompanhamento de queijos intensos, especialmente dos azuis, como o Stilton ou o Roquefort. É também delicioso com sobremesas de chocolate ou frutos silvestres.