A Taylor’s foi pioneira na categoria LBV. Criado em 1970, o LBV foi desenvolvido para satisfazer a procura de um vinho de elevada qualidade e pronto a beber, que funcionasse como uma alternativa ao Porto Vintage, para o consumo do dia-a-dia. Contrariamente ao Porto Vintage, que é engarrafado após dois anos em madeira e que envelhece na garrafa, o LBV é engarrafado somente após quatro a seis anos, estando já pronto a beber.
A Taylor’s continua a liderar a categoria de Porto LBV no mundo inteiro, apesar de muitas outras casas também produzirem actualmente um LBV. Os vinhos utilizados para fazer o lote do Taylor’s LBV são escolhidos de entre os melhores e mais encorpados vinhos do Porto tintos produzidos na colheita de 2017, provenientes das vinhas da Taylor’s e de outras quintas reputadas, situadas nas zonas do Cima Corgo e Douro Superior.
Notas de Prova
Centro rubi muito escuro e denso com um estreito bordo cor de tijolo com reflexos cereja. A essência deste soberbo LBV é o seu carácter de belíssima fruta de baga vermelha, maravilhosamente fresco e vibrante, que irrompe imediatamente do copo. Framboesa, cereja e ameixa vermelha, sutilmente fundidas com notas mais ricas de groselha e alcaçuz, dominam o nariz. O cedro, as notas mentoladas e um discreto aroma a violetas conferem ao vinho uma dimensão sedutora e perfumada. O carácter de fruta fina reaparece no palato, que é denso e quase se mastiga, os taninos firmes ligeiramente austeros conferem ao vinho a sua combinação Taylor’s típica de vigor e contenção. O final é impressionantemente longo e vigoroso, com ricos sabores de chocolate preto que conferem um toque de sensualidade e opulência à intensa fruta de baga. É um LBV excepcional, cheio de vivacidade e audácia, exibindo a excelente qualidade da fruta que é apanágio do estilo Taylor.
Notas sobre o ano vitícola e a vindima
Após um chuvoso 2016, o ano começou com um Inverno frio e seco, registando-se uma pluviosidade um quinto menor do que a média de trinta anos. O abrolhamento ocorreu relativamente cedo, por volta de 10 de Março. As condições secas continuaram na Primavera e o clima quente de Abril e Maio estimulou o rápido crescimento das videiras. As primeiras três semanas de Junho foram extremamente quentes, causando danos nos jovens cachos em algumas áreas do Douro. O adiantamento do ciclo continuou com o pintor a aparecer por volta do dia 18 de Junho, um mês antes do ano anterior. Apesar de algumas trovoadas e das chuvas no início de Julho, as condições permaneceram secas até o final de Setembro, embora as temperaturas durante a maior parte do período de maturação tenham sido moderadas. Como esperado, a colheita amadureceu muito cedo, apresentado altos níveis de açúcar que conduziram a fermentações mais longas e uma muito eficaz extracção de cor.
Na Quinta de Vargellas a vindima começou no dia 1 de Setembro, a mais temporã numa geração. O último registo de uma vindima ter começado tão cedo foi em 1945 - um dos melhores anos do século 20 - quando as primeiras uvas foram colhidas a 3 de Setembro. As temperaturas durante a vindima foram amenas, com noites frias, permitindo fermentações equilibradas e excelente extracção. Os mostos apresentaram-se densos e marcados por excepcional profundidade de cor e impressionantes fenólicos.
Pronto a ser consumido. Não necessita ser decantado.
A garrafa deve ser mantida de pé, protegida da luz e do calor.
Servir idealmente a uma temperatura entre 16ºC e 18ºC.
Excelente acompanhamento de queijos intensos, especialmente dos azuis, como o Stilton ou o Roquefort. É também delicioso com sobremesas de chocolate ou frutos silvestres.