A Taylor’s foi pioneira na categoria LBV. Criado em 1970, o LBV foi desenvolvido para satisfazer a procura de um vinho de elevada qualidade e pronto a beber, que funcionasse como uma alternativa ao Porto Vintage, para o consumo do dia-a-dia. Contrariamente ao Porto Vintage, que é engarrafado após dois anos em madeira e que envelhece na garrafa, o LBV é engarrafado somente após quatro a seis anos, estando já pronto a beber.
A Taylor’s continua a liderar a categoria de Porto LBV no mundo inteiro, apesar de muitas outras casas também produzirem actualmente um LBV. Os vinhos utilizados para fazer o lote do Taylor’s LBV são escolhidos de entre os melhores e mais encorpados vinhos do Porto tintos produzidos na colheita de 2016, provenientes das vinhas da Taylor’s e de outras quintas reputadas, situadas nas zonas do Cima Corgo e Douro Superior.
Notas de Prova
Cor preto púrpura com um estreito bordo magenta. O carácter da vindima de 2016 está claramente impresso neste LBV maravilhosamente afinado e equilibrado. Intensa e vivida fruta no nariz, aromas de bagas pretas do bosque que se misturam com notas mais frescas de framboesa e ameixa. Notas silvestres de resina e bálsamo conferem ao vinho uma elevada qualidade etérea e uma dimensão adicional de complexidade. No paladar, o carácter frutado é mais denso e exuberante, mas também com sabor a uvas frescas. Os taninos tensos e lineares de grande qualidade são outra marca da vindima de 2016, tal como a ligação de vívida acidez que atravessa o paladar. O final é extraordinariamente longo, uma explosão aparentemente infinita de sabor a densos frutos silvestres. Este elegante e esbelto LBV exibe a mistura clássica da Taylor’s: fruta pura e concentrada com uma musculatura sinuosa e uma impressionante resistência e profundidade.
Notas sobre o ano vitícola e a vindima
O padrão climatérico durante as épocas de crescimento e maturação teve um efeito decisivo no carácter dos vinhos de 2016, conferindo-lhes elegância, requinte, acidez e taninos magníficos. A Primavera foi excepcionalmente húmida, com chuvas fortes e condições relativamente frias durante os meses de Abril e Maio. Como resultado, houve uma reposição das reservas de água no subsolo que tinham sido esgotadas devido à seca do ano anterior e que ficaram disponíveis para o Verão quente que se seguiu. No entanto, as condições húmidas da Primavera também provocaram perda de fruto em algumas áreas levando a uma redução significativa nos rendimentos e provocando o atraso do início da maturação. O pintor chegou tarde, com os primeiros sinais visíveis por volta da segunda semana de Julho.
A partir do início de Julho instalou-se o tempo quente e seco que continuou praticamente até ao fim do mês de Setembro. Apesar do calor, a maturação foi uniforme e gradual. Devido ao tardio início da maturação, no final de Agosto, as uvas estavam ainda longe de maduras. Algumas chuvas em meados de Setembro ajudaram a terminar a maturação. Os produtores que atrasaram a vindima até depois das chuvas foram recompensados com uvas em perfeitas condições, beneficiando de noites frescas que ajudaram a prolongar os tempos de fermentação, permitindo uma extracção suave. As primeiras uvas foram vindimadas na Quinta de Vargellas da Taylor's no dia 17 de Setembro, seguindo-se as quintas do Vale do Pinhão a começar nos dias 23 e 26, respectivamente.
Pronto a ser consumido. Não necessita ser decantado.
A garrafa deve ser mantida de pé, protegida da luz e do calor.
Servir idealmente a uma temperatura entre 16ºC e 18ºC.
Excelente acompanhamento de queijos intensos, especialmente dos azuis, como o Stilton ou o Roquefort. É também delicioso com sobremesas de chocolate ou frutos silvestres.